Recife, 29 de dezembro de 2011

Aumento dos vereadores: o compromisso de Priscila Krause. Leia

‎”Devo duas explicações, como faço permanentemente, ao prestar contas periodicamente, ao exercer o meu mandato dentro de princípios republicanos e em consonância com os anseios do povo do Recife. Tenho sido incansável no meu trabalho que é missão e vocação.

Primeira explicação sem tentar emitir juízos de valor e alterar a percepção das pessoas, mas tão somente esclarecer o processo: trata-se de um procedimento obrigatório que é o de fixar os vencimentos para a próxima legislatura.

Segunda explicação que é mais um COMPROMISSO: ao voltar do recesso, serei uma porta-voz do descontentamento da sociedade, expressa nas redes sociais e nos meios de comunicação de um modo geral, e proporei a reabertura de um debate amplo.

Desta forma, a Câmara e todos nós, políticos, reafirmaremos nossa disposição de estar atentos à opinião pública que não somente merece respeito como deve guiar os passos da atividade política.

Agradeço a contribuição crítica e me coloco à inteira disposição para manter o nosso diálogo.

Abraços a todos, Priscila Krause”

Recife, 28 de dezembro de 2011

2012, o ano de um novo prefeito no Recife

Uma pesquisa informal realizada pela vereadora Priscila Krause (DEM), nas redes sociais, desde segunda-feira (26), deixou claro que o ano que se aproxima tem tudo para ser de novos ares no comando da capital pernambucana. Pelo menos o início das mudanças está perto de chegar. Para 20% dos perfis que participaram da enquete “Qual o seu maior desejo para o Recife em 2012?”- dos 165 registrados – a resposta é ter “um novo prefeito”. Logo em seguida, aparecem como desejos mais citados “uma cidade mais limpa e bem cuidada”, com 13%, e “uma cidade com menos trânsito”, resposta apresentada por 12% do total de opiniões. Eis as palavras de Priscila registradas no Facebook:

“Agora, cabe a cada um de nós entrar no domingo que vem de pé direito e, cada qual ao seu modo, na sua fé, trabalhar e torcer para que nossos desejos se concretizem. Quem sabe daqui a um ano não estaremos comemorando novos dias para a nossa cidade?”, concluiu.

Feliz 2012. Votos de Priscila Krause e da equipe do seu Blog.

Recife, 28 de dezembro de 2011

Desde agosto, apenas quatro das 18 ações prometidas pela PCR para os canais da cidade foram realizadas

Do Jornal do Commercio, Cidades, 28/12/2011:

Ofensiva prepara os canais para inverno

INFRAESTRUTURA Obras necessárias para evitar enchentes e destruição de moradias foram iniciadas na Zona Oeste. Em agosto, PCR prometeu 18 ações, mas só começou quatro

A ofensiva para a recuperação dos canais do Recife, que transbordam e provocam transtornos todos os anos para a população, começou em quatro dos 18 canais programados pela prefeitura para passarem por serviços de limpeza, manutenção, retificação de calhas e recuperação das margens. Até agora, as obras foram iniciadas em canais localizados na Zona Oeste da cidade. São eles Santa Rosa, no Cordeiro, Valença, na Madalena, Iraque, na Estância, e São Mateus, na Iputinga.

Desses, três integram o Projeto Capibaribe Melhor e um (o Iraque) está sendo recuperado a pedido da população, através do Orçamento Participativo (OP). Os prejudicados com as cheias de inverno esperam que, até a próxima temporada de chuva, ninguém precise se desesperar com o avanço das águas, mas quem já está acostumado com promessas não atendidas já se prepara para o pior.

É o caso dos moradores que vivem próximos ao Canal de Guarulhos, em Jardim São Paulo, também na Zona Oeste. Para a área, está previsto um dos conjuntos de intervenções mais completos entre os 18 canais. As obras abrangem serviços de complementação do revestimento, urbanização, pavimentação, arborização, iluminação e acessibilidade das vias. Apesar da presidente da Empresa de Urbanização do Recife (URB), Débora Mendes, assegurar que a ordem de serviço para o início dos trabalhos no local será assinada até março, a população desacredita em avanços.

“Se a gente fosse juntar a quantidade de dinheiro que já se prometeu para investir nesse canal, dava muito bem para encher tudo isso aqui de ouro. Quando chove, tudo nessa região vira mar. Nós não merecemos isso, mas, infelizmente, é assim que somos tratados”, diz o aposentado Ismael da Silva, 78 anos, que viveu nas proximidades do canal de Guarulhos por 16, desistiu de sobreviver lá e comprou uma casa numa região mais distante. Já quem não tem condições de trocar o espaço por moradia mais digna, permanece à mercê do lixo e da água podre que avançam sempre que a maré enche.

BRINCADEIRA

No Canal Guarulhos, assim como em boa parte dos 66 canais que cortam a capital pernambucana, crianças brincam de mergulhar no meio do lixo, limpezas ocasionais organizadas pela prefeitura não impedem os transbordamentos e moradores jogam restos de tudo na água. Para que a situação seja modificada, o governo federal investiu R$ 95,3 milhões, com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) de Drenagem, na melhoria dos canais recifenses, e de seu entorno. Dos 18 que serão recuperados, 11 fazem parte do Projeto Capibaribe Melhor, cinco foram contemplados através do OP (incluindo o Canal Guarulhos) e outros dois serão executados em parceria com o governo do Estado.

Ontem, a prefeitura iniciou a limpeza anual dos canais, já pensando no inverno. O trabalho foi iniciado pelo Canal Derby/Tacaruna, na Avenida Agamenon Magalhães. A desobstrução da rede de drenagem receberá investimento de R$ 4 milhões e deve ser concluída em abril, dois meses antes do que convencionalmente tem sido feito nos últimos anos.

Recife, 20 de dezembro de 2011

MOBILIDADE – Na contramão de João Paulo, Priscila Krause lembra que ex-prefeito é pai de intervenções desastrosas no Recife

 

A líder da oposição à gestão João da Costa na Câmara do Recife, vereadora Priscila Krause (DEM), subiu à tribuna na tarde desta terça-feira (20) para marcar posicionamento em relação aos sucessivos discursos do ex-prefeito do Recife e atual deputado federal João Paulo (PT) sobre o quesito “mobilidade urbana”. Para Priscila, vereadora do Recife desde 2005, o cidadão do Recife não vai absorver o “discurso fácil” e “patético” do ex-gestor, que agora faz de tudo para se colocar como o “grande pensador” da solução para o quesito, provável vedete das eleições municipais de outubro próximo.

“É patético querer negar o seu histórico de falta de compromisso e de competência no quesito. Sua grande obra, em oito anos que esteve como prefeito, foi a Conde da Boa Vista, uma intervenção desastrosa que o atual prefeito, seu ex-pupilo, já cogitou modificar”, disse. A líder oposicionista questionou o que seria a “inversão de paradigmas” que João Paulo tanto tem repetido nos seus posicionamentos sobre o trânsito. “João Paulo tem se colocado muito na mídia para falar de um assunto sobre o qual ele não fez o dever de casa quando teve a oportunidade, há pouco tempo, de fazer. Agora vem falar de inversão de paradigmas”, acrescentou.

Priscila também registrou, no discurso, que foi na gestão do petista que ocorreu o esfacelamento de setores administrativos da Prefeitura importantíssimos para a otimização da mobilidade, através do planejamento urbano (Empresa de Urbanização do Recife, a URB), e do ordenamento do trânsito (Companhia de Trânsito e Transporte Urbano, CTTU). “Não existe mágica e o ex-prefeito não tem como negar esse histórico. O caos que está aí hoje é fruto de uma década sem intervenções de porte”, finalizou.

Recife, 19 de dezembro de 2011

Em artigo sobre o trânsito, Gustavo Krause registra necessidade de o transporte coletivo vencer o individual

A tísica e a mobilidade urbana

Por Gustavo Krause*, publicado no caderno Opinião do JC, em 17/12/2011

“Quem atalha os males com bastante antecedência pode, sem grande esforço, dar-lhe remédio, quem espera, porém que eles se aproximem, debalde tentará debelá-los, a doença tornou-se incurável. E ocorre com esta o que os médicos dizem a respeito da tísica: isto é, ser ela no princípio fácil de curar e difícil de perceber, mas, se não foi percebida e tratada no início, tornar-se, com o andar do tempo, fácil de perceber e difícil de curar”.

Está escrito no capítulo III de O príncipe, de Maquiavel. Com efeito, as reflexões e os conceitos maquiavelianos não se restringem à política: têm aplicação universal, atemporal e se ajustam, perfeitamente, à grave enfermidade que acomete a mobilidade urbana do Recife.

No caso, a doença entupiu de tal maneira as “artérias” que ameaça paralisar, por inteiro, a cidade. O Recife infartou. No começo, era difícil de ver e fácil de curar, agora é fácil de ver e difícil de curar, tal qual na descrição de Maquiavel no caso da tísica.

Sobre o assunto, fui honrado com a visita da Comissão de Mobilidade da Alepe, composta pelos deputados José Maurício, Gustavo Negromonte, Vinicius Labanca e Júlio Cavalcanti, presidida pelo deputado Silvio Costa Filho.

Fui direto ao ponto: o problema é do tamanho do erro histórico que fez prevalecer o transporte individual, o automóvel, sobre o transporte coletivo, as rodovias sobre as ferrovias, a construção da civilização sobre pneus movida por um ser composto de cabeças, tronco e rodas, submetido aos caprichos reais e simbólicos de sua excelência, o automóvel. Ao que se soma a expansão urbana desordenada.

Logo, não há solução simples, barata e rápida. Qualquer promessa dos candidatos a prefeito cairá na vala comum da demagogia desde que não contemple a real gravidade do problema.

A reversão da prioridade do transporte individual sobre o coletivo e a ordenação da expansão urbana ferem interesses concretos e esbarram em profunda resistência de ordem cultural com alguns agravantes: ausência de planejamento urbano/metropolitano com visão de médio e longo prazo, fragilidade e ineficiência dos órgãos de gestão de trânsito.

A propósito, cabe recordar a oposição política e a reação cultural às iniciativas que privilegiavam o ônibus a exemplo do corredor exclusivo da Caxangá (completa trinta anos como primeiro e único porque o da Boa Vista é um monstrengo), da recuperação da frota de troleibus, o Terminal Integrado de Passageiros (TIP), hoje, largado ao mais completo abandono e o amplo estacionamento periférico da Joana Bezerra, injuriado impiedosamente porque incompreendido como mecanismo de desincentivo ao uso do automóvel no Centro do Recife.

Não é viável enfrentar o monumental problema da mobilidade urbana sem que uma agenda comum seja politicamente pactuada pelos candidatos em sintonia com a sociedade civil. Sem este compromisso que transcenda interesses imediatos, não há gestor, não há cirurgia urbana que evite o colapso. Não há outro caminho, senão abrir novos caminhos para que o ônibus reassuma seu papel de ator principal no modelo de transporte coletivo sob as formas modernas de veículos articulados (BRT, VLP – veículo leve sobre pneus, ônibus guiados por sistemas de canaletas e dispositivos magnéticos), ainda que cheguem ao Recife com o atraso de décadas.

Felizmente, o debate toma conta da sociedade. A imprensa tem assumido um papel importante, com destaque para a série do JC sobre o tema. Todos são vítimas da má qualidade de vida, do estresse, dos acidentes e da limitação do prosaico exercício do direito de ir e vir dos cidadãos.

Importante registrar que a humanidade nasceu no campo, mudou-se e vai continuar se mudando para as cidades, acalentando o antigo sonho dos gregos de que a vida nas cidades é boa e segura.

*Gustavo Krause foi prefeito do Recife

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